Web 2.0: Paulo Henrique Amorim
Jornal de Debates pergunta Web 2.0: Revolução ou Evolução?
Resposta de Paulo Henrique Amorim, Jornalista e Blogueiro
Resumo: Recentemente, os modelos antigos que estabelecem como as pessoas publicam e consomem as informações na Web transformaram-se de modo radical. Em lugar de simplesmente visualizar as informações em páginas da Web estáticas, os usuários agora publicam conteúdo próprio nos blogs, em wikis e sites que compartilham fotos e vídeos. As pessoas estabelecem colaboração, listas de discussões e comunidades online; combinam dados, conteúdo e serviços de várias fontes para criar experiências e aplicativos personalizados.
Comum e coletivamente denominados “Web 2.0”, esses novos sites que compartilham áreas de conteúdo, listas de discussões e colaboração, além de padrões de projeto de aplicativo ou “mashups” estão transformando a Web de consumidor. Representam, também, uma significativa oportunidade para que as organizações construam novos sistemas sociais, baseados na Web de colaboração, produtividade e de negócio, para aprimorar o custo e retorno de receita.
Este artigo examinará como tecnologia, dados e pessoas reúnem-se para formar a Web 2.0, como a Web 2.0 está hoje sendo utilizada no espaço de consumidor e como essas técnicas e conceitos podem ser usados dentro e fora da empresa, para fornecer novas oportunidades de produtividade e negócios.
Web 2.0 é um termo criado em 2004 pela empresa estadunidense O'Reilly Media[1] para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web como plataforma", envolvendo wikis, aplicativos baseados em folksonomia, redes sociais e Tecnologia da Informação. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores, ou seja, o ambiente de interação que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações.
Alguns especialistas em tecnologia, como Tim Berners-Lee, o inventor da World Wide Web (WWW), alegam que o termo carece de sentido pois, a Web 2.0 utiliza muitos componentes tecnológicos criados antes mesmo do surgimento da Web[2]. Alguns críticos do termo afirmam também que este é apenas uma jogada de marketing (buzzword).[3]
O termo Web 2.0 foi usado pela primeira vez em Outubro de 2004 pela O'Reilly Media e pela MediaLive International como nome de uma série de conferências sobre o tema, popularizando-se rapidamente a partir de então. Tratou-se de uma constatação de que as empresas que conseguiram se manter através da crise da Internet possuíam características comuns entre si, o que criou uma série de conceitos agrupados que formam o que chamamos Web 2.0.
A conceitualização dada neste artigo segue os princípios ditados por Tim O'Reilly, sabidamente o precursor do uso do termo em seu artigo de conceitualização (e também de defesa) do termo Web 2.0. Tim [4] define que:
"Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva" | — Tim O'Reilly |
As regras a que se refere O'Reilly já foram discutidas antes do surgimento do termo, sob outros nomes como infoware[5], the internet operating system[6] e the open source paradigm shift[7] e são produto de um consenso entre empresas como Google, Amazon, Yahoo e Microsoft e estudiosos da Web (como Tim O'Reilly[8], Vinton Cerf[9] e Tim Berners-Lee [10]) e da consolidação do que realmente traz resultado na Internet. Segundo Tim O'Reilly, a regra mais importante seria desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.
Fonte: Wikipédia
O que são sistemas web-based?
A primeira experiência das empresas com a internet vem através do site institucional, páginas primordialmente de conteúdo estático que, ainda que sofisticadas, não são mais que um folheto eletrônico na rede.
Com a compreensão das reais possibilidades da internet, a empresa logo demandará sites de caráter mais amplo, que estejam além da instância do marketing.
Não poderia ser diferente já que, além do marketing e da divulgação de estratégias, a internet pode ser usada para, entre outras funções:
Para tanto, deve-se utilizar a principal característica da rede: o compartilhamento de dados.
Antes, o processamento de informações era feito no âmbito dos computadores pessoais, ou de restritas redes corporativas. Tendo a internet como plataforma (web-based), este processamento é em tempo real e em escala mundial. Ou seja, sistemas que antes funcionavam dentro de alguns micros, através da rede mundial, podem ser consultados de qualquer lugar do mundo e a qualquer hora.
Por exemplo, os clientes de um banco podem ver saldos e comandar diversas operações em suas contas correntes a partir de seus computadores.
Um estoque pode ser checado, reservado, atualizado ou interagido em qualquer outro nível, dentro das conveniências da empresa, tanto por seus funcionários quanto por clientes e fornecedores. E tudo isso não importando em que lugar eles estejam, nem a que horas desejem agir. Mais que isso: o programa web-based que controla este estoque pode automaticamente avisar, via e-mail, fornecedores, quando o estoque estiver abaixo de uma cota pré-estabelecida, ou clientes, quando notar que não foi feita uma compra habitual.
É fácil notar que as possibilidades são amplas, inúmeras e extremamente poderosas.
Caberá a cada empresa detectar que ferramentas rodando na internet (web-based) poderão ser desenvolvidas para incrementar seus negócios.